Jogo da velha
Há quem ache o jogo da velha meio sem graça porque sempre dá empate. Não é que estejam errados. Quando os dois jogadores têm um bom domínio das regras e das jogadas possíveis, tende a dar velha mesmo. E como o jogo é muito comum, acontece de as pessoas perderem o interesse.
Mas sejamos justos: sem graça, ele não é. Ou não seria ainda tão popular depois de mais de três milênios!
Em papel, tabuleiro ou outro tipo de suporte, o jogo da velha é jogado numa superfície quadrada, dividida por outros nove quadrados de mesmo tamanho. Os dois participantes, cada um com um tipo de peça ou símbolo, alternam as jogadas e têm como objetivo formar uma linha reta com suas peças, seja ela vertical, horizontal ou diagonal. Aquele que a fizer primeiro vence, ou seja, também é importante impedir que o oponente a faça antes.
A dinâmica do jogo da velha o inclui na categoria dos jogos espaciais e também na dos jogos de regras.
Os jogos espaciais são aqueles em que se trabalha a noção de espaço, ou seja, do posicionamento e da orientação de um corpo em relação aos outros: abaixo, acima, do lado, na frente, atrás etc.
Já os jogos de regras são aqueles que têm normas as quais os jogadores, em comum acordo, devem seguir, com o objetivo de obter a vitória no desafio. Promovem o exercício do raciocínio lógico, bem como a capacidade de planejar estratégias e antecipar as próprias ações e as do oponente, ou seja, prever a jogada do outro e se preparar para ela. E para isso também é necessário exercitar a atenção e a concentração.
Por ser um jogo que necessita do outro para acontecer, também pode trabalhar as habilidades socioemocionais, como ter paciência e aprender a lidar com vitórias, derrotas e frustração.
Com regras simples e demandando poucos recursos, pode ser jogado em qualquer lugar, como em casa, com a família, ou na escola, mesmo com crianças em idade pré-escolar.