sandragabriel_unsplash.jpeg

Os bonecos fazem parte das brincadeiras infantis e representam os valores da nossa cultura em sua estética e modos de brincar.

Embora hoje em dia já tenhamos evoluído muito em relação à diversidade das opções que encontramos no mercado, ainda prevalece a ideia de que as bonecas para meninas sejam bebês que elas devem cuidar, reforçando o papel de mães, ou bonecas mais velhas, que são como modelos daquilo que elas querem ser quando crescerem.

Já os bonecos para os meninos costumam ser as figuras de ação (super-heróis, soldados), que reforçam valores como a força física, a luta e a agressividade.

Essas brincadeiras, por si sós, não são problemáticas. É ótimo que os bonecos possam ser projeções da vida adulta, possibilitando “treinos” para os possíveis futuros papéis, como o de mãe, ou que possibilitem um lugar seguro para expressar a agressividade ou a disposição de lutar pelo que se deseja.

O que é mais problemático é que as crianças sejam condicionadas a permanecer apenas nestes papéis, deixando de explorar outras possibilidades. Meninos podem e devem treinar para a paternidade, e meninas podem e devem lutar pelo que querem.

Outro problema é que as crianças não tenham acesso a bonecos com aparências diversas, o que faz com que não se sintam representadas ou que se frustrem com a própria aparência conforme se desenvolvam, como é o caso das bonecas majoritariamente brancas, loiras e magras.

Cabe aos pais proporcionar a diversidade nas brincadeiras e a possibilidade de os filhos se verem representados em seus bonecos, e cabe ao mercado se adaptar às novas demandas e discussões, oferecendo novas opções.

Anterior
Anterior

Família terapêutica

Próximo
Próximo

Jogo da velha