Torre de Hanói
Este jogo é um tipo de quebra-cabeça formado por três pinos. Em um deles, há 3 ou mais discos, encaixados em ordem crescente de tamanho de diâmetro, de cima para baixo. O mais comum é que seja feito de madeira e que cada disco tenha uma cor diferente, embora isso não seja imprescindível.
A torre de Hanói criada pelo matemático francês Édouard Lucas (1842-1891), que se inspirou na torre do Trấn Quốc Pagoda, o templo budista mais antigo de Hanói, capital do Vietnã, construído ainda no século VI d.C.
O templo que inspirou o jogo
O objetivo do jogo é passar todos os discos de um pino para outro, com o auxílio do terceiro, deixando-os na mesma ordem anterior e obedecendo duas regras: mexer apenas uma peça por vez e nunca deixar uma peça menor embaixo de uma maior. Quanto mais discos, maior o grau de dificuldade.
É um jogo de estratégia, com potencial de exercitar as chamadas funções executivas, a parte do cérebro que comanda capacidades muito sofisticadas, como planejamento, previsão, autocontrole, autorregulação e autocrítica.
Para solucionar o desafio, é necessário traçar um objetivo e pensar em estratégias para executá-lo, fazendo uso da memória operacional ou de trabalho (capacidade de guardar e utilizar informações temporariamente para executar tarefas) e da flexibilidade cognitiva (capacidade de buscar novas soluções a partir dos erros cometidos).
Para crianças mais novas, é possível utilizar a torre para trabalhar coordenação motora e identificação de cores, além das noções de maior e menor e de ordens crescente e decrescente. Para os mais velhos, é possível aumentar o número de discos, bem como desafiá-los a resolver o problema em menos tempo ou com menos movimentos.
A fórmula para saber o mínimo de movimentos necessários para solucionar a torre de Hanói é 2 elevado ao número de discos menos 1 (2 ^ n – 1), de forma que, para uma torre de 3 discos, são necessários pelo menos 7 movimentos. Para o meu, que tem 6 discos, são necessários pelo menos 63 movimentos.
