Como o educador pode ajudar?
[Aviso de gatilho: suicídio]
Quando o educador identifica que pode haver um aluno sob risco de suicídio, é importante que ele tenha consciência do que pode fazer para ajudar e como deve abordar o aluno de forma que consiga ajudá-lo. Aí vão algumas dicas:
Chame o aluno para conversar num lugar privado e diga a ele que você está preocupado e por quê. Reserve um bom tempo para essa conversa e não a faça às pressas.
Lembre que o aluno deve estar hipersensível e que uma abordagem mais abrupta pode resultar em evitação. Ao mesmo tempo, faça perguntas de forma clara e objetiva, para que ele se sinta à vontade para falar sobre qualquer coisa.
Escute de fato o que ele tem a falar, com calma, sem interrupções e sem julgamentos.
Compreenda que o comportamento do aluno pode apresentar alguma ambivalência, como em alguns momentos aceitar ajuda e em outros rejeitá-la.
Não prometa guardar segredo a respeito de pensamentos suicidas e deixe isso claro; mesmo que o aluno fique chateado com você, a segurança dele é mais importante neste momento.
Encoraje o aluno a buscar um adulto de confiança para contar como está se sentindo. Ofereça-se para conversar com essa pessoa ou acompanhá-lo nessa conversa, mas só o faça se o aluno autorizar.
Se notar que o aluno se machucou ou pode se machucar intencionalmente, procure ajuda imediatamente. Pode ser o psicólogo da escola, um psiquiatra, um clínico ou até mesmo um posto de saúde.
Elabore com a escola estratégias para garantir a segurança daquele aluno e para aumentar o apoio da comunidade e dos colegas a ele.
Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, busque um adulto de confiança, um profissional de saúde mental ou ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV). O telefone é 188.
Fonte:
Prevenção do suicídio: Manual para professores e educadores e Preventing Suicide: Information for Teachers and Other People Working in Schools, da Organização Mundial da Saúde (OMS); e Suicide Prevention Resources: Risk Assessment, da Be You.