Você sabe o que é TDAH?

O TDAH é um transtorno neurobiológico. Fotografia de Christian Erfurt (Unsplash).

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, com diferentes graus de severidade, cujas principais características são desatenção, hiperatividade e impulsividade, de forma que causem impacto no desempenho acadêmico e social.

Se você quer entender um pouco mais sobre esses três sintomas, clique aqui.

A pessoa que tem TDAH já nasce assim e começa a demonstrar os sintomas nos primeiros anos de vida, sendo o diagnóstico feito depois dos cinco anos, às vezes até já na vida adulta. Ou seja, é algo com que ela vai aprender a lidar, mas não é algo que será “curado”, no sentido de deixar de existir.

Leia sobre a diferença entre dificuldade de aprendizagem e transtorno de aprendizagem.

Existe algum exame que detecte TDAH?

Existem exames que mostram diferenças entre o cérebro de uma pessoa que tem TDAH e o de pessoas neurotípicas, mas estes exames ainda são utilizados apenas em pesquisas e não para diagnóstico. A avaliação clínica e multidisciplinar é o padrão, e é preciso que os profissionais conheçam e saibam discernir bem quais são os comportamentos típicos desta condição. O profissional habilitado a fechar o diagnóstico, no entanto, ainda é o médico.

Quem tem TDAH tem que tomar remédio?

Embora não seja a única opção, o tratamento medicamentoso ainda é o mais comum, sendo considerado eficaz para tratar os sintomas. Como as demais medicações que tratam questões neurológicas e/ou emocionais, a resposta pode variar de indivíduo para indivíduo, podendo haver efeitos colaterais e outras limitações.

A decisão de tomar ou não remédio deve ser tomada pelo médico e pelo indivíduo ou seus responsáveis. E apesar de ainda não se poder falar em “cura” do TDAH, o fato de se fazer uso de medicação em um período da vida não significa que a pessoa terá que que fazê-lo para o resto da vida. Isso sempre poderá ser discutido e reavaliado pelo indivíduo e seu médico.

Quem tem TDAH tem que fazer terapia?

As outras formas de terapia, no entanto, como atendimento psicológico e psicopedagógico, costumam ajudar muito para que se aprenda a viver melhor com esta condição, focando mais em aspectos afetivos e funcionais. Por meio de uma equipe multidisciplinar, é possível investir em psicoeducação, orientação aos pais e parcerias com a escola, além de treinos de atenção, memória operacional e habilidades sociais.

Dessa forma, o indivíduo se fortalece, cresce em autoconhecimento, e a medicação deixa de ser o único recurso disponível para lidar com a sua condição.

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* Atualizado em 12 de julho de 2021, às 12h25.